domingo, 24 de janeiro de 2010

"eu também..."

Era uma vez, algures no tempo, estórias de encantar, de profuso sentimento. Mas chega de era, por foi certa vez, que num grande salão, por entre estórias de ficção e guerras de pipocas, murmúrios vociferados e olhares apaixonados, se trocaram carícias num breve ápice de paixão.
Tão fugazes quanto perenes, são as estórias de amor cantadas pelas estrelas nos musicais sobre casas de alterne. Ao contrário, eterna mas sempre tão veloz, é esta nossa estória, em as estrelas não brilham somente no firmamento, mas sempre, sempre, no brilho dos nossos olhos, em todo e em cada momento.
Foi uma vez, algures no tempo, que a nossa estória abdicou de ser de encantar, passou a ser de verdade, deixou de ser de imaginar, passou a transportar a saudade.
Não conhece esta estória tanto público como o habitual, mas é precisamente esta reserva aquilo que a torna algo nosso, algo especial. Foi uma vez, é ainda uma e outra vez, que em suaves suspiros ecoam nesta estória as palavras que há muito encarreguei a brisa de transportar, as palavras sentidas impossíveis de ensaiar: “eu também...”, eu também…